“Alguns caçam a coisa mais simples ou tola – o aparelho eletrônico mais recente ou a próxima promoção, ou o garoto ou garota mais atraente da escola.
Outros caçam fama, poder, riqueza. Algumas almas mais nobres perseguem o divino ou o conhecimento, ou o aprimoramento da humanidade. No inverno de 1889, eu persegui um ser humano.
Você pode estar pensando que estou falando do dr. Pellinore Warthrop.
Não.
A pessoa era eu.”
Rick Yancey retornar com sua trilogia de O Monstrologista com o terceiro livro, intitulado como “A Ilha de Sangue“, no qual voltamos a acompanhar as aventuras do jovem Will Henry e o Dr Pellinore Warthrop com uma criatura extremamente infecciosa que devem guardá-la num lugar seguro.
Como os dois primeiros livros, A Ilha de Sangue inicia-se com o autor comentando sobre os diários que foram encontrados e sua apuração para descobrir se a história é real ou apenas uma alucinação de um homem que queria fugir de uma realidade entediante.
Quando adentramos na história de Henry e Pellionore, somos apresentados a um personagem que visita o mestre e o aprendiz durante a madrugada com uma encomenda secreta para o monstrologista de um outro colega de profissão, John Kearns. A entrega nada mais era do que uma espécime extremamente contagiosa, um Typhoeus Magnificum – nidus; o entregador que foi contaminado e acaba se transformando num monstro, quase uma zumbimificação.
A tal criatura invisível a olho nu, instiga o monstrologista a procurar e encontrar o Typhoeus Magnificum, porém antes disso à amostra que Kearns enviou para seu colega deveria ser guardada num lugar seguro localizado em Londres – na Sociedade de Monstrologista em Londres; nisso Henry encontra o antigo mestre de Pellionore e o atual presidente da sociologia, Abram Von Helrung, no qual confessa o que Warthrop pretende fazer com ajuda do jovem entusiasta Tomas Arkwright.
Dessa vez o enredo possui mais perigo, sangue (em algumas partes em excesso), morte e muitas viagens ao redor da Europa, além da Ilha Socotra – Ilha de Sangue; neste momento o autor consegue fazer uma alteração no enredo, trazendo mais ambientação e não demorando tanto para resolver as subtramas apresentadas.
O livro tem um começo diferenciado do que já nos foi apresentado anteriormente e segue um caminho até então inesperado para quem acompanha a obra de Yancey; este livro é o mais volumoso da saga, por tanto, mesmo contendo uma trama que lhe prende e faz que o leitor mergulhe no universo apresentado, é mais demorada e algumas vezes cansativa por estar rica em detalhes.
Rick Yancey consegue colocar um ponto final na história de maneira que consegue fechar todos os pontos já levantados anteriormente nos livros anteriores e neste, no qual muitos leitores aceitam como o fim da história do monstrologista e seu assistente, porém Yancey presenteou os leitores com um quatro livro que mostra o verdadeiro final, intitulado como A Descida Final.
“Você é o ninho. Você é o filhote recém-nascido. Você é a crisálida.
Você é a prole. Você é a podridão que tomba das estrelas”
A sinopse oficial:
“O dr. Warthrop parte para a sua mais perigosa aventura, deixando o fiel assistente Will Henry em Nova York. Will estranha a vida com a nova família: nada de vivissecções à meia-noite nem de confrontações com monstruosidades, humanas ou inumanas. Depois de meses sem notícias do dr. Warthrop, chega a trágica informação de sua morte. Will se nega a aceitá-la e, determinado a encontrar vivo o dr. Warthrop, viaja para Londres, mesmo sabendo que vai enfrentar coisas piores que os monstros já conhecidos. Juntos, partem para Socotra, a Ilha de Sangue, no oceano Índico, onde cadáveres de homens e mulheres são usados para fazer ninhos nas árvores e o sangue chove do céu. Nesta aventura, a mais mortífera da série iniciada com O monstrologista, ganhadora do prêmio Printz e descrita como “o auge do horror gótico, na forma mais perturbadora”, Will Henry precisará decidir se sua lealdade ao dr. Warthrop vale o sacrifício supremo“.
Assim como os dois primeiros livros, A Ilha de Sangue é publicado no Brasil pela editora Farol Literário, contendo 595 páginas e podendo ser adquirido em diversas livrarias e plataformas digitais pelo país.